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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Os dois ou três

É impossível que o tempo actual não seja o amanhecer doutra era, onde os homens signifiquem apenas um instinto às ordens da primeira solicitação. Tudo quanto era coerência, dignidade, hombridade, respeito humano, foi-se. Os dois ou três casos pessoais que conheço do século passado, levam-me a concluir que era uma gente naturalmente cheia de limitações, mas digna, direita, capaz de repetir no fim da vida a palavra com que se comprometera no início dela. Além disso heróica nas suas dores, sofrendo-as ao mesmo tempo com a tristeza do animal e a grandeza da pessoa. Agora é esta ferocidade que se vê, esta coragem que não dá para deixar abrir um panarício ou parir um filho sem anestesia, esta tartufice, que a gente chega a perguntar que diferença haverá entre uma humanidade que é daqui, dali, de acolá, conforme a brisa, e uma colónia de bichos que sentem a humidade ou o cheiro do alimento de certo lado, e não têm mais nenhuma hesitação nem mais nenhum entrave.



Aquele que tudo julga fácil, encontrará muitas dificuldades
Autor: Lao-Tsé

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Lula decreta primeira comunidade quilombola no Sapê do Norte

Os territórios quilombolas de Serraria e São Cristovão, em São Mateus, foram reconhecidos oficialmente como área de interesse social pra fins de desapropriação. A região é a primeira reconhecida como território pertencente aos descendentes de escravos capixabas no Sapê do Norte, que compreende os municípios de São Mateus e Conceição da Barra, no norte do Estado.

Com a medida, dizem os quilombolas, além de terem sua luta reconhecida, os negros garantiram a certeza de que seus direitos estão assegurados.

Divulgado pelos próprios quilombolas, e pela coordenadoria do Programa de Regularização de Territórios Quilombolas do Incra-ES, o decreto define como território quilombola uma área de 1.219 hectares, situada no município de São Mateus, norte do Estado, onde vivem atualmente 48 famílias quilombolas.

“Este decreto trouxe a certeza de que os territórios pleiteados pelos quilombolas vão de fato voltar para a comunidade”, afirmou a coordenadora do Programa de Regularização de Territórios Quilombolas do Incra-ES, Domingas Dealdina.

A decisão do presidente corresponde à expectativa dos negros do Estado, que reivindicam o reconhecimento de suas terras em meio ao desemprego, à desnutrição e à exposição a situações de violência devido à disputa de terras na região.

A informação é que, após a indenização aos imóveis particulares, as terras quilombolas serão tituladas. Ambos localizados às margens do rio Cricaré, os territórios quilombolas declarados como de interesse social para fins de desapropriação são reconhecidos como um só pela comunidade. Segundo os quilombolas, a própria comunidade se identifica como sendo única, com uma única história.

A informação é que o nome Serraria é explicado pelo fato de que se serrava muita madeira naquela área, que possuía densas matas. Já a área de São Cristóvão é considerada “filha” de Serraria.

“As origens da comunidade remanescente de quilombos de São Cristóvão e Serraria são traçadas a partir do presente, pelos membros da comunidade que possuem uma memória do passado de seus ancestrais. A história começa na memória do grupo tendo como marco a chegada ao Porto de São Mateus”, contou Domingas Dealdina.


Flavia Bernardes

domingo, 26 de dezembro de 2010

07 a 12 de dezembro de 2010.



O encontro particularmente por mim enquanto educador voluntário foi de igual teor das minhas ansiedades de está junto a novas vivencias e experiência, a fim de melhorar a minha busca, e de aperfeiçoamento do meu fazer na educação de base.


A receptividade da ciranda em caracóis foi de modo conturbado, pois a chegada dos educadores da RECID - Brasil proporcionou incomodo dos mesmos, pelo motivo de ter que ficar no aeroporto à espera dos companheiros educadores dos outros estados, no intuito de que todos chegassem ao local de encontro junto.


A mística em caracóis de acolhidas nos primeiros momentos que marcou o inicia do encontro, onde nos fez refletir enquanto rede e nossas especificidades da busca do bem comum a todos. Esse bem comum é entrelaçado em uma tecelagem ao corpo do caracol, que em sincronia de movimento faz com que se mova, assim é a recid,temos que se mover,relacionar,buscar e empondera-se em sincronia para efetivarmos e consolidarmos nosso fazer na base e na rede.


O encontro deu em especial discussões mais afloradas nos GT´s,onde as dinâmicas de gestão compartilhada dos trabalhos foram singular a cada um.

As discussões se entrelaçaram em meio a organicidade, sustentabilidade e conjuntura política da rede, aflorando as reflexões de estamos com um pé dentro do governo e outro fora do governo, deixando assim umas perguntas. queremos continuar com um pé dentro do governo? Vamos ser movimento social do governo? Tirar o pé do governo, como vamos nos sustentar como rede? Educação popular só se faz com dinheiro?

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

RECIDE ACRE NO DF.

Em busca de partilhar as experiências entre as regiões de todos os estados da federação brasileira,a RECID Acre representado pelos educadores contratado Luciano Barros,Gesse,os educadores voluntarios Pedro,Rafael e Reginei M.,para entender os fazer de cada base.O encontro esta sendo realizado entre os dias 07 à 12 de dezembro de 2010 no espaço do CIME em Luziânia-GO.O inicio das atividades foram marcada pela mistica de acolha dos estados nessa cirande de sonhos,utopias e sonhos de um mundo melhor,no intuito de organizar-se em rede e reconhece-se a um caracol.

A analise da conjuntura contraditória da organicidade,politico e sustentabilidade da rede nesse novo momento político vivido hoje no Brasil.